FITAQUA

FITAQUA

2009/2013

Alimentos ecológicos para aquacultura e animais de companhia: a suplementação em fítase como estratégia emergente para reduzir as perdas em fósforo.

Parceiros


Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD); Sparos Lda.


Resumo


Face aos custos crescentes e aos desafios de sustentabilidade da indústria de alimentos compostos para animais, as matérias-primas de origem vegetal são cada vez mais utilizadas nos alimentos para peixes de aquacultura e para animais de companhia. No entanto, uma fração significativa (40-80%) do fósforo presente nestes ingredientes vegetais, existe sob a forma de ácido fítico. Esta forma de fósforo não é digerível pelos animais monogástricos dado que estes não possuem a enzima necessária à sua hidrólise, a fítase. Uma vez que o fósforo é um micronutriente essencial para os peixes a estratégia utilizada, atualmente, para suprir as necessidades em fósforo dos animais implica o recurso à suplementação dos alimentos com fontes de fósforo inorgânico nomeadamente, os fosfatos de cálcio. As atuais fórmulas dos alimentos implicam, assim, custos adicionais associados à suplementação de fósforo inorgânico (cerca de 5%) e, sobretudo, à libertação para o meio aquático de uma importante fração de fósforo fítico com os consequentes encargos em termos de poluição ambiental. No caso dos animais de companhia (cães) a razão cálcio:fósforo (Ca:P), dos alimentos atuais, é da ordem de 1.6. Todavia, existem estudos que associam efeitos benéficos (e.g. estado de articulações e crescimento ósseo) a uma redução desta razão para valores próximos de 1. Avanços na área da biotecnologia permitiram o desenvolvimento e a comercialização de fítases como suplementos enzimáticos das dietas. Nos peixes e animais de companhia, os trabalhos de investigação publicados revelam que a suplementação em fítase apresenta-se como uma estratégia promissora para aumentar a digestibilidade do fósforo reduzindo, de modo significativo, o impacto poluidor da alimentação dos peixes de aquacultura no meio aquático e reduzindo a razão Ca:P dos alimentos para cães. No entanto, o uso da fítase, a nível industrial, ainda não é uma prática comum dada a falta de conhecimentos quantitativos relacionados com as condições ótimas da sua utilização e as limitações tecnológicas à implementação do processo industrial de aplicação. O projeto FITAQUA visou gerar conhecimentos científicos e dados práticos sobre a eficácia biológica e económica de uma estratégia de suplementação em fítase que permitisse o desenvolvimento, à escala industrial, de uma nova gama de alimentos ecológicos em peixes (truta e dourada) e, também, a otimização da razão Ca:P nos alimentos para animais de companhia (cães).

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